As minhas lembranças afetivas estão muito ligadas ao clássico que envolve o alvinegro cearense e o tricolor de aço baiano. Em 1959, vi, entre ambos, a mais dura e difícil disputa de todos os tempos. Aconteceu na Taça Brasil (Campeonato Brasileiro da época). Foram três jogos e uma prorrogação para definir a classificação.
No primeiro jogo, no PV, Ceará 0 x 0 Bahia. No segundo jogo, na Fonte Nova, Bahia 2 x 2 Ceará. O regulamento da época determinava um jogo desempate, também na Fonte Nova. Deu novo empate (1 x 1) no tempo normal. Foram para a prorrogação. No último minuto da prorrogação, o Bahia ganhou (1 x 0).
Este time do Bahia, que deu duro para eliminar o Ceará, consagrou-se como o primeiro campeão brasileiro, derrotando o Santos, de Pelé, também em três jogos: na Vila Belmiro, vitória do Bahia (2 x 3). Na Fonte Nova, vitória do Santos (0 x 2). No jogo desempate, no Maracanã, Bahia 3 x 1 Santos. Bahia campeão.
De 1959 até hoje, muitos clássicos entre ambos já aconteceram. Vitórias e glórias de parte a parte. Mas jamais esqueci as emoções daqueles três jogos de 1959. Uma inefável lembrança afetiva.