Dois dos 22 réus acusados pela Chacina da Sapiranga foram a júri popular nessa quinta-feira (18) e condenados a 557 anos de prisão.
Nilson Lima Nogueira Filho foi sentenciado a 295 anos e 5 meses de reclusão e saiu do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, sob escolta policial rumo ao presídio. Vinícius Rian Inácio da Silva foi condenado a 262 anos e 25 dias de prisão e segue foragido.
Nenhuma testemunha de defesa e acusação foi ouvida durante a sessão ocorrida na 1ª Vara do Júri. Nilson foi interrogado e optou por responder às perguntas do Ministério Público do Ceará (MPCE) e a defesa dele.
Além do crime de homicídio qualificado, os réus foram condenados por tentativa de homicídio, corrupção de menores e por integrar organização criminosa. As defesas dos réus não foram localizadas pela reportagem.
“Esse tipo de conduta, com efeitos deletérios imensuráveis, exige do sistema de justiça como um todo uma resposta eficaz e eficiente, de modo a, no mínimo, contribuir para a inibição e/ou desestímulo de seus protagonistas, os quais, como de todos sabido, chegam até mesmo a rivalizar com o próprio Estado constituído. Impõe-se, pois, que em contraposição a ousadia desses grupos criminosos que não hesitam em afrontar à sociedade e ao próprio ente federativo, seja promovida, no mínimo em forma de severa punição, a justa proteção aos bens juridicamente tutelados”, declarou o promotor Marcus Renan Palácio de Morais Santos.